Princípios básicos – por Shihan Reishin Kawai

Reishin Kawai Shihan

Reishin Kawai Shihan

Nos tempos atuais diante de tantas adversidades, cada vez mais sentimos a necessidade de encontrar elementos para nosso aperfeiçoamento físico e principalmente espiritual, através de uma fusão corpo e mente.

O Aikidō tem como princípio básico não vencer o oponente, mas a si próprio. Nosso grande mestre, Morihei Ueshiba, traduz o Aikidō em uma única palavra, wagatsu, onde a sua tradução significa a supervisão de si mesmo.

A palavra Aikidō, em sua essência, significa:

               AI    –   Harmonia com o Universo
               KI    –   Energia vital
                 –   Caminho do aperfeiçoamento humano

A partir do momento que entendemos a relação que temos com o Universo, nos tornamos mais seguros e confiantes, motivo pelo qual o Aikidō é muito utilizado como defesa pessoal.

Segundo o grão mestre Morihei Usehiba, seguramente uma dentre 200 pessoas praticantes irá entender o sentido de utilizar a energia e não a força.

A prática do Aikidō se faz de forma gradativa, obedecendo as limitações de cada praticante e considerando idade, condições físicas e motoras.

É importante no nosso cotidiano não ter medo, e o Aikidō proporciona tal condição de confiança.

O Aikidō é uma arte de vida, jamais objetivando machucar ou matar pessoas.

Atualmente, com a predominância do stress, o Aikidō se propõe harmonizar e integrar corpo e alma, o que é também traduzido pela palavra “rei-niku-itai” que significa, ser feliz é ter saúde no corpo.

Praticando o Aikidō, vamos acumulando muita energia. Consequentemente, adquirimos confiança e respeito aos semelhantes. Acima de tudo, nos tornamos pessoas alegres e sadias, contagiando também aqueles que estão no nosso lado.

Alguns pensamentos e posturas são importantes para o nosso dia a dia, entre eles a postura de auto crítica, pois através de nossos pensamentos e atos criamos o universo ao nosso redor. Uma postura muito importante é de não criticarmos nem falarmos mal de nosso próximo. A crítica maléfica esconde a fraqueza de si próprio. Isto é como o velho ditado “o cão que late não morde”. Quando falamos mal de alguém, trazemos desprezo sobre nós mesmos e fazemos com que o universo não nos auxilie.


[Discurso realizado em 2003 por Kawai Shihan] Neste ano de 2003 completaremos 40 anos de Aikidō no Brasil, cuja arte tivemos a felicidade de introduzir neste país em 1963 com a fundação da Associação Central de Aikidō, introdução realizada com a devida autorização de nosso eterno grão mestre Morihei Ueshiba.

Hoje, com muito orgulho, estão associadas a nós, da Confederação Sul-Americada na Arte de Aikidō, 93 (noventa e três) academias, espalhadas pelo Brasil e América do Sul.

Esta entrada foi publicada em Artigos e marcada com a tag , . Adicione o link permanente aos seus favoritos.